DEFESA DE BOLSONARO NEGA ENVOLVIMENTO EM TRAMA GOLPISTA E QUESTIONA DELAÇÃO DE CID

No segundo dia de julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete acusados por suposta trama golpista, realizado nesta quarta-feira (3), a defesa buscou afastar qualquer ligação dele com os atos do dia 8 de janeiro e com a minuta de golpe que faz parte das investigações.
De acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro é apontado como planejador, dirigente e executor do movimento que teria como objetivo um golpe de Estado.Durante a apresentação das alegações, o advogado Celso Vilardi afirmou que não há provas que sustentem as acusações contra o ex-presidente.
Segundo ele, os documentos e depoimentos citados no processo não demonstram vínculo de Bolsonaro com a chamada “Punhal Verde Amarelo”, a “Operação Luneta” ou com os ataques de 8 de janeiro. A defesa também voltou a criticar a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Vilardi destacou que o depoimento do tenente-coronel apresenta divergências que, na visão da defesa, comprometem a validade do acordo de colaboração.Conforme o advogado, o próprio Ministério Público Federal e a Polícia Federal já haviam apontado, em relatório de novembro, a existência de omissões e contradições nos relatos de Cid, o que, segundo ele, reforçaria o pedido de anulação da delação.