PRESSÃO DA DIREITA: AUSÊNCIA DE EDUARDO AMORIM EM ATO BOLSONARISTA GERA CRÍTICAS E AUMENTA REJEIÇÃO ENTRE CONSERVADORES

Pré-candidato ao Senado Federal pelo PL, o ex-senador Eduardo Amorim vem enfrentando resistência crescente dentro do grupo conservador sergipano. Apesar de estar filiado ao mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Amorim tem adotado uma postura de silêncio diante de pautas que mobilizam a base mais engajada da direita no estado.
Mesmo com os recentes desdobramentos envolvendo Bolsonaro, como a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo uso de tornozeleira eletrônica, Amorim não se manifestou publicamente em defesa do ex-presidente nas redes sociais. Além disso, ele também não esteve presente no ato político realizado no domingo (3), em Aracaju, que reuniu apoiadores, lideranças bolsonaristas e parlamentares em protesto contra decisões do STF, contra o presidente Lula e em apoio a Bolsonaro.
A ausência do ex-senador em momentos considerados cruciais para o campo conservador tem gerado desconforto e críticas entre apoiadores do ex-presidente. Há quem veja na postura de Amorim uma tentativa de se manter distante das pautas mais radicais do bolsonarismo, buscando preservar seu capital político. No entanto, essa estratégia pode ter efeito contrário, alimentando a percepção de oportunismo e falta de alinhamento com a base bolsonarista.
Nos bastidores, a leitura é de que Amorim tenta equilibrar seu posicionamento político, evitando se associar diretamente a atos e discursos mais intensos, o que poderia prejudicá-lo junto a outros segmentos do eleitorado. No entanto, essa neutralidade tem sido mal recebida por setores mais fiéis ao ex-presidente, que já demonstram aumento da rejeição ao nome do ex-senador.
Caso esse cenário se mantenha, a falta de participação de Amorim nos eventos e pautas da direita pode se tornar um obstáculo significativo em sua tentativa de retornar ao Congresso Nacional nas eleições de 2026.